Desde o dia 17 que a carreira aérea Bragança/Vila Real/Lisboa está suspensa por decisão da operadora, a ATA - Aerocondor Transportes Aéreos, que alega "problemas técnicos". Os voos "estão cancelados por tempo indeterminado".
Na reunião de Câmara do passado dia 26, o executivo camarário de Vila Real aprovou, com os votos a favor da maioria PSD e dos três vereadores do PS, um "voto de protesto e preocupação" pela suspensão da ligação aérea Bragança, Vila Real e Lisboa.
A autarquia vai comunicar ao Governo "esta profunda preocupação" e vai ainda solicitar ao Ministério das Obras Públicas que, "recorrendo às alternativas legais e de mercado disponíveis, alcance o imediato restabelecimento do serviço".
A câmara lembra que esta suspensão não ocorre pela primeira vez, pondo "seriamente em causa a credibilidade do serviço e a confiança dos utentes".
"Da parte da Estado existem mecanismos, técnicos e legais, já anteriormente assumidos pela tutela, que permitirão um rápido restabelecimento do serviço e a adjudicação de uma nova concessão", refere a deliberação da câmara.
"A mais valia desta ligação aérea para o concelho de Vila Real e para a sua região é inquestionável e insubstituível, não sendo admissível que o serviço seja prestado deste modo", pode ainda ler-se na deliberação da autarquia.
O executivo de Vila Real, sublinha que as "supostas razões técnicas apresentadas como justificativas da suspensão do serviço indiciam um incumprimento reiterado do contrato de concessão estabelecido entre o Estado e a empresa".
Só em 2008, a empresa já cancelou 36 voos, do total de 244 registados, e em 2007, foram suspensos mais de 160 voos.A câmara lembrou ainda o "grande esforço de investimento" efectuado na melhoria da capacidade do aeródromo municipal.
Quanto maior for o número de passageiros, menos recebe do Estado, no caso, a Aerocondor que desde 1997 ganhou os concursos bianuais para esta carreira, com a excepção dos anos 2001/2003, em que foi entregue à OMNI.
A carreira aérea é concessionada e subsidiada pelo Estado, que paga anualmente à operadora uma compensação de aproximadamente 1,5 milhões de euros, que varia conforme a taxa de ocupação.
Fontes - CMVR, LUSA e RTP
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