quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Reunião ordinária da Assembleia Municipal de Vila Real

A Assembleia Municipal de Vila Real, AMVR (http://www.am-vilareal.pt), reúne em sessão ordinária sexta-feira, dia 29 de Fevereiro de 2008 pelas 21h no auditório do Arquivo Distrital, junto ao Jardim da Carreira. É possível consultar a convocatória no sítio da internet da Assembleia. Antes do período da ordem do dia será apresentado o trabalho sobre a Saúde (em especial: urgências e internamento) no Centro Hospital de Vila Real/Peso da Régua (agora designado: Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, CHTMAD), pelo PSD o Dr. Vasco Amorim, Coordenador da Comissão Especializada para a Acção Social da AMVR.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Notícia em destaque: Camionistas ameaçam entupir Vila Real

Os empresários de transportes rodoviários de mercadorias de Vila Real exigem áreas seguras e próximas da cidade, para estacionarem os seus camiões. Caso isso não aconteça, estão dispostos a manifestar-se e a provocarem um autêntico caos, no trânsito da cidade. A Câmara Municipal de Vila Real assume que não pode e não tem espaço para a construção de parques para pesados e propõe a Zona Industrial de Constantim e alguns espaços, junto ao Aeródromo. Porém, os empresários não querem e alegam que as zonas sugeridas não têm as condições ideais.
O Nosso Jornal ouviu Carlos Santos, empresário de transportes, acompanhado por mais dois e que concordaram nos pontos de vista e críticas deixadas.
“Já reunimos e, se isto não se modificar, seremos obrigados a recorrer a formas de protesto que estão ao nosso alcance. A vida está difícil e as autarquias têm de arranjar condições para que os seus cidadãos tenham possibilidades de trabalhar e ganhar o seu pão. Neste momento, existem cerca de 130 camiões e perto de 30 firmas, na cidade, entre pesados e articulados. Fazemos transportes nacionais e internacionais. Já pedimos a atenção da PSP, GNR e Câmara, para esta situação. Ninguém avança com soluções. Assim sendo, estamos na disponibilidade de atulhar a cidade com camiões, em frente à PSP, Câmara de Vila Real e Governo Civil. Acho que são os culpados desta situação, andamos a trabalhar, governamos várias famílias de Vila Real e não temos estímulos. Queremos que a Câmara de Vila Real nos crie condições, para podermos estacionar.
A colocação de uma placa de proibição de estacionamento, na zona do Quinta do Entroncamento, numa artéria de Vila Real, a qual “era a única zona onde poderia ficar um pesado”, foi a gota que fez transbordar o copo.
“Isto é incrível. Então, não temos parque e ainda nos tiram um local onde os camionistas de pesados paravam, para descansar e comer alguma coisa? Agora só não entendo porque só deixam um autotanque dos Bombeiros da Cruz Branca, quando, a centenas de metros, existe um terreno para ele ficar. Então proíbem a uns e deixam a outros? É bom que se lembrem que, com estas atitudes, podem correr o risco de desemprego trezentas pessoas” – sublinhou, justificando: “Assim, não nos dão condições para trabalhar! Vila Real é um eixo importante rodoviário e muitos camiões estrangeiros já param em Vila Pouca de Aguiar, Murça e Amarante, Municípios que já têm parques para pesados”.
Os empresários de transportes exigem um parque na entrada da cidade e zona de descanso próximo dos acessos principais da cidade, onde se “possa estacionar com segurança, coisa que, nos últimos tempos, não tem existido. Outro empresário de transportes, José Fernando, também é crítico, quanto a esta situação. “Tenho camiões, não os posso meter debaixo da cama. Agora andamos a trabalhar e depois é multas daqui e dali, isto complica a vida. Ou desistimos e não sei se as instituições querem dar emprego a tanta gente, estamos a falar de cerca de 300 postos de trabalho. Quando se trata de proibição a pesados é para toda a gente, para os Bombeiros não é. A Cruz Branca tem um terreno nas Flores e pode estacionar. Julgo que há discriminação, nesta área. Vila Real não tem um parque de estacionamento para pesados. Não se pode ignorar que a cidade é quase um ponto de paragem obrigatório. Aqui, por exemplo, na zona do Entroncamento, afluem muitos camiões estrangeiros e nacionais que circulam no IP4. Se isto continua assim, é muito mau para o sector. Falam da zona industrial de Constantim? Não tem condições. Os melhores espaços, o então Terminal TIR, estão ocupados pela Corgobus e por uma outra empresa”.
Por sua vez, Miguel Esteves, Vereador da Câmara Municipal de Vila Real, defende que “o local da Quinta do Entroncamento é uma zona residencial e ali não podem estacionar pesados. O loteamento foi aprovado para estacionamentos nas zonas permitidas para veículos ligeiros. Aliás, há uma decisão municipal que proíbe o estacionamento de pesados nas zonas consideradas como o “casco” da cidade. Onde é possível colocar mais camiões? Na zona periférica da cidade, nomeadamente em áreas não residenciais, como é o caso da zona industrial e junto ao aeródromo”. Ainda em relação ao Entroncamento, “não se deixava estacionar. Provavelmente, a sinalética instalada no local não seria a mais adequada. Agora, a PSP, no cumprimento do seu dever, tem de actuar. É só por isto. Tomáramos que tivéssemos espaço, para todos, na cidade, mas existem condicionamentos. Aqui há uns anos, era possível a pesados circularem em quase todas as ruas de Vila Real. Agora é impensável. A lei, quando nasce, é para todos. Quanto ao camião dos Bombeiros, vamos ver o que se vai fazer. Não podemos esquecer que há opções a tomar e aquelas a favor da qualidade de vida das populações urbanas é a nossa. Não vamos encher a cidade com zonas de estacionamento para camiões”.
Por sua vez, o Presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, Isildo Paulo, considera que “a construção civil acabou por liquidar os espaços que reuniam condições para um parque de pesados. É importante, para a cidade, ter uma área para estacionamento de veículos pesados de mercadorias e turísticos. Em tempos, sugerimos algumas opções, mas que, gradualmente, foram eliminadas. Cito um espaço, junto ao R13. Este tem lá agora um edifício velho público que está a servir de armazém. Um outro em Abambres que poderia ter acesso ferroviário e rodoviário, aproveitando a estação de Abambres (em degradação continua), mas em cuja área foi construído um loteamento. Este ficaria próximo do IP4, com bons acessos, penso que se perdeu uma boa oportunidade para a instalação de uma infra-estrutura importante. Agora, existe uma área, situada nas traseiras da Traslar, virada para Lordelo, a qual poderia ser aproveitada, dado ficar, também, junto ao IP4 e com boas saídas. Neste tipo de estruturas, julgo que os interesses da cidade não foram acautelados” – sublinhou. Ao que apurámos, em breve deverá haver uma reunião, entre todos os empresários de transportes de pesados de mercadorias, na qual este problema irá ser abordado, novamente.


José Manuel Cardoso
Jornal "A voz de Trás-os-Montes" publicado em 2008.02.14

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Vote no DOURO A MARAVILHA DA NATUREZA



Após as classificações de Património Mundial da UNESCO para a Região Demarcada do Douro - o Douro Vinhateiro - e para a Arte Rupestre do Vale do Côa, esta candidatura a Maravilha da Natureza fortalecerá ainda mais a região e irá promovê-la globalmente, mas de forma integrada.

O Douro é, assim, um dos cerca de 200 candidatos no concurso mundial das Sete Novas Maravilhas da Natureza, cuja votação começou oficialmente nos primeiros dias de 2008.

É candidato porque é uma bela paisagem e tem uma geografia única; é candidato pelo rio, pelas áreas naturais, pelas fauna e flora características.
Enfim, é candidato pela natureza própria de uma região do planeta onde o Homem só tira o que a Natureza lhe dá. Ou, conforme Aquilino Ribeiro, “da pedra se fez terra, do sol bravo o licor generoso, que tem um ressaibo de brasa e framboesa”.

São objectivos deste projecto:
• Integrar as marcas “Portugal” e “Douro” entre as maiores referências relevantes da Natureza do nosso planeta
• Relançar a primeira região demarcada de vinho do Mundo.
• Proteger das tentativas de apropriação da marca “Douro”.
• Colocar o Douro nas agendas e roteiros mundiais enquanto candidato a Maravilha da Natureza e associando o destino turístico com uma oferta única de charme.
• Dinamização de uma região sedenta de dinamismo cultural e promocional, onde os investimentos em eventos são reduzidos, apesar das nítidas melhorias em equipamentos e acessibilidades.
• Gerar mudança positiva na mentalidade e na forma de olhar o futuro: com mais auto-estima, mais ambição e maior confiança.
http://www.welcomedouro.com/

Vote no seguinte sítio:
http://www.new7wonders.com/nature/en/nominees/europe/c/DouroRiverValley/

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Governo Titanic

Metáfora alguma poderia rotular melhor este Governo de José Sócrates, Eng.º e do Partido Socialista, S.A. (não, não é Sociedade Anónima, é Sem Alegre) que a “lenda” desse “…ponto de referência simbólico muito poderoso” que foi o transatlântico Titanic.
O colosso “insubmergível”, “indestrutível”, “o maior prodígio da engenharia do começo do século, famoso ainda antes de zarpar” consentia que 4 dos seus 16 compartimentos estanques do porão se inundassem sem que, mesmo assim, se afundasse. De tal modo que, por desprestigiante e desnecessário, não tinha botes e coletes salva-vidas suficientes para todos os passageiros.
Escusado será dizer que pereceram nesse naufrágio 75% dos pobres emigrantes que iam a bordo e 38% dos ricos.
A similitude da metáfora, passe o pleonasmo, é impressionante.
Descontando o Primeiro, dezasseis é, também, o número de ministros do actual governo.
Também este governo, famoso ainda antes de zarpar graças a Santana Lopes e Jorge Sampaio, é uma prodigiosa obra de engenharia política, resultado da correcção dos erros do navio anterior (Guterres) e das artificiais Novas Fronteiras (título americano, de resto).
Armador (quem será?) e Capitão (Sócrates) desprezam sobranceiramente as advertências de que a rota está pejada de icebergues.
A certeza de que nada os pode impedir de chegar ao fim do mandato sem erros e percalços e de repetir uma nova maioria é tal que ninguém ousa alvitrar sequer a hipótese de que podem sair derrotados (pelo Povo) nas eleições de 2009. Também a White Star, proprietária do Titanic, vendia então a muito bom ritmo, em Nova Iorque, as passagens para a viagem de regresso à Europa, esta mesma Europa que tanto brilho dá a Sócrates e a Lisboa.
Uma orquestra anima os serões (Constâncio no violino, Vara alternando entre as caixas de percussão e o trombone, Coelho no fagote e Vitorino, sem ofensa, no contrabaixo, entre outros de menor importância e capacidade de afinação), dando música aos “de cima” (opereta BCP), enquanto os “de baixo”, apinhados nos IC’s 19’s, Metros e Carris, sufocados pelo preço do pão, do leite, da carne, do peixe, do petróleo, da consulta, da urgência, do medicamento, da creche, do manual escolar, da água, da luz, do IVA, do raio do juro do crédito da casa, espreitam pela escotilha, ansiosos, o fim da viagem, recordando o palmo de terra que deixaram para trás (mas onde tinham a couve e a galinha a bicar o chão), sonhando uma Terra Nova onde não haja engenharias ilusórias e os deixem morrer saciados, pelo menos, por um sonho de felicidade.
Porém, como escreveu Thomas Hardy, “Enquanto o soberbo barco crescia em tamanho, graça e cor, na distância silente e sombria crescia o icebergue”.
Que icebergue, silencioso e sombrio, poderá ser, ou terá sido, este?
Será o gélido e vil metal, a economia (estúpida!), o capital? Talvez não seja. Sendo sombria não é, contudo, silenciosa.
Será a sociedade? Silenciada pelo medo, sombreada pelo subsídio, acabrunhada pelo desemprego? Uma pequena porção à tona (quais 3% de um défice social de justiça e dignidade) e uma enorme parcela de povo afogada por impostos e encargos.
Ou será, tão só, um valor, uma referência fundadora, muda, tranquila? Será, tão só, a Liberdade?
Será possível que o Governo tenha colidido com a Liberdade?
Não, não é possível!
A orquestra pára, por momentos, sentindo a vibração nas notas (musicais) enviesadas. Continua, porém, tão digna quanto timorata.
Ninguém, no navio-governo, se assoma do convés para perscrutar o rombo no casco, ensurdecidos pelo calor do poder, aquecidos pela cálida melodia das notas.
Quatro compartimentos do porão inundados até às narinas (Saúde, Educação, Justiça e Obras Públicas) e o colosso, impávido, prossegue viagem. Outros tantos (Economia, Finanças, Administração Interna e Agricultura) meio cheios, meio vazios, tentam aguentar a nau, camuflando a tormenta. De mentira em mentira, de promessa frustrada em promessa por cumprir, algum tempo mais, ainda, seguirá este Governo, titulando professores, facilitando alunos, abjurando doentes, aviando aeroportos, pontificando pontes, encarrilando tgv’s, desmobilizando funcionários, desempregando recibos verdes, calando trovadores e, pior que tudo, não enfrentando onde devia enfrentar, não cortando onde devia cortar: do topo para a base, do litoral para o interior, do centro para a periferia.
O Governo Titanic, qual socrático navio, pode bem “simular a ignorância ou parecer mais estúpido do que na realidade é” (Jostein Gaarder), enquanto, julgando ouvir dentro de si uma voz divina, julga saber o que é correcto, julga agir correctamente, a todo o vapor mantendo a sua rota rumo ao destino. Que será, afinal, não o progresso, mas sim, o Portugal submerso.
Ou, voltando a Steven Biel, “…se se perguntar quando é que as coisas começaram a ir de mal a pior, o ‘Titanic’ é um ponto de referência simbólico muito poderoso”.

Luís Mota Bastos, jurista.
Vila Real, 25 de Janeiro de 2008
(Publicado no semanário "A Voz de Trás-os-Montes de 01-02-2008)

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Citações de:
“Século XX – Homens, Mulheres e Factos que mudaram a História”, Edição Público – El País;
“O Mundo de Sofia”, Jostein Gaarder, Editorial Presença, Lisboa, 1995

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

COMUNICADO Saúde: Racionalidade, sim. Confusão, não!

A Comissão Politica Concelhia do PSD de Vila Real em reunião extraordinária de 28 de Janeiro de 2008, após analisar a situação gerada pela política arrogante e autista do Partido Socialista e do seu Governo, incapaz de servir as populações nas necessidades básicas de saúde, nomeadamente na gestão dos serviços de emergência médica, no fornecimento de uma cobertura de serviços de urgência, manifesta-se indignada pela irresponsabilidade do Ministro da Saúde e do maior responsável, o Primeiro-Ministro, de pôr cobro a situações intolerantes no século XXI em Portugal.
As “reformas” implementadas pela sua falta de prudência, apenas serviram para aumentar as deficiências do serviço nacional de saúde, bem como, aumentar a pressão nos locais de atendimento que tinham bom acolhimento, meios e tempo de cuidar condignamente a população.
A sucessiva perda de vidas na sequência de longas esperas de assistência, associada a relatos de falta de comunicação e articulação, falta de protocolos de segurança na ausência de disponibilidade do INEM e a ausência de apoio aos Bombeiros, quer de meios de transporte suficientes, quer de técnicos formados para novas funções criadas no papel pelo Ministério, mostram a falência da política desastrada do Partido Socialista que já conhecíamos de outras áreas de governação.
É necessário parar para reflectir. Evitar a confusão que gera insegurança e dar um quadro de normalidade aos serviços de urgência e de emergência médica. Igualmente é necessário repensar, equipar, treinar, testar e só depois implementar, e ainda assim, com muita prudência. O PSD como partido de pensamento humanista está indignado e revoltado, solidarizando-se e incentivando a procura de soluções.
Exige-se, pois, uma solução para este estado de coisas, agindo com racionalidade e evitando a confusão.
(Enviado à Comunicação Social em 29.01.2008 às 10h00m)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

O fim de linha após uma chamada impossível



Uma chamada impossível, ou o telefonema que espelha as dificuldades e os problemas de qualidade da assistência em emergências médicas - O fim de linha.